O CASO DAS NOTAS DE 500$00

na posse dos documentos que Alves Reis produziu, reuniu-se em Londres com os donos da Waterlow & Sons,uma grafica que trabalhava com o Banco de Portugal. A 28 de Janeiro de 1925,chegava-se a um acordo: a firma londrina iria produzir notas de 500$00 do tipo Vasco da Gama,chapa 2,que alegadamente,iriam ser utilizadas para custear emprestimo holandes, destinado a Angola. Ficou tambem assente que os cem mil contos a serem impressos seriam entregues em tres mometos,entre os dias 10 de Fevereiro,e 12 de Março seguintes.Com a primmeira remessa Alves Reis acertou contas com o passado--pagou as dividas--e preparou o foturo,criando o seu proprio Banco,designado de Angola e Metropol.
Em Outubro,Alves Reis era ja o homem que Angola esperava para entrar na senda do progresso.
No primeiro dia desse mes viajou até África onde foi recebido como um verdadeiro heroi.Em Portugal começavam as complicaçoes. O enorme volume de notas de 500$00 levantava suspeitas e a rapida ascensao do novo banqueiro nao passava despercebida á imprensa e aos homens de negocios. No dia 23 de Novembro,jornal O Século publicou um artigo de opiniao que lançava perguntas  sobre a sua atevidade negocial.Outros jornais aderiram á campanha e,em pouco tempo,Alves Reis tornou-se um suspeito.Sem se saber precisamente de que...Um mero desabafo de um caixa de uma casa de cambios do Porto,que relatou a um amigo as suas desconfianças sobre a quantidade de notas de 500$00 que saiam de todos os negocios em Alves Reis estava envolvido,despoletou desconfianças mais acentuadas.Uma brigada da policia recebeu a informaçao e,a 5 de Dezembro,fez uma busca na sucursal de Angola e Metropol,apreendendo todas as notas suspeitas que foram em seguida levadas para o Banco de Portugal,em Lisboa,para serem confrontadas com outras.A operaçao de conferencia permitiu detectar a existencia de quatro duplicaçoes.No dia seguinte Alves Reis quando chegou a Lisboa,foi imediatamente detido. A 11de Dezembro de 1926 foi criada uma puniçao mais severa para os crimes de falsificaçao de moeda. O odio dos poderosos banqueiros e homens que controlavam o sistema financeiro era tanto contra este arrivista que se violaram principios basicos do Direito para lhe aplicar uma pena retroativa. A sentença foi lida cinco anos depois,a 20 de junho de 1930,após um julgamento pelo qual passaram grandes figuras da epoca. No ano seguinte,o Tribunal da relaçao de Lisboa agravou a pena.   

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